Em 1997 no recém inaugurado Garden Hotel, em Campina Grande, um repórter
me perguntou o que era a logoterapia. Insistindo, ele indagara se era uma nova
seita ou uma Organização Não Governamental. Estávamos prestes a começar mais um
evento científico e eu fazia parte da sua organização. Tentei responder que se
tratava de uma abordagem psicológica que privilegiava a humanização da
psiquiatria e das psicoterapias e que tinha como foco principal a busca pelo
sentido da vida. Naquela noite, naquela mesma noite, recebemos a notícia da
morte do fundador da logoterapia, o psiquiatra, neurologista e psicólogo Viktor
Emil Frankl. A noite ficara especial. Renascia na Serra da Borborema um novo
ardor acadêmico. Naquele minuto de silêncio refleti, confesso, sobre a grande
responsabilidade do Núcleo Viktor Frankl de Logoterapia da Universidade
Estadual da Paraíba, fundada pelo incansável e dedicado professor Gutenberg
Germano Barbosa.
A partir de então foram realizados vários congressos e encontros
nordestinos e latino americanos, culminando com o VI Congresso Brasileiro de
Logoterapia em 2012. As contribuições deste Núcleo de Ensino, pesquisa e
extensão são relevantes. Através do núcleo temos hoje a única formação em
Logoterapia e Análise Existencial, em nível de graduação no Brasil. Várias
cidades ainda hoje recebem formação deste núcleo: Maceió - Al, São Luiz - Ma,
Quixadá – CE, e tantos outros recantos do nordeste do Brasil. Brevemente será
lançado um livro contendo estudos teóricos e práticos sobre a logoterapia, a
partir das experiências de estagiários da Clínica Escola de Psicologia da UEPB.
Entretanto, ainda recebo perguntas do tipo: o que é a logoterapia? que
abordagem é esta que fala do sentido do sofrimento?
Este site tenta apresentar atividades do núcleo, atualizar leitores,
informar e formar estudiosos da Logoterapia e Análise Existencial, convidando a
todos, de diversas áreas do conhecimento, a fazerem parte do pensamento do
grande humanista do século XX, Viktor Emil Frankl.
Campina Grande, 29 de julho de 2013.
Prof. Dr. Gilvan de Melo Santos